sábado, 14 de abril de 2012
*-*
São palavras pronunciadas no silêncio da noite, eu falo com a lua e ela inspira-me, ela parece que torna as minhas incertezas em algo tão claro, tão certo. Olho para o que está a minha volta e contemplo a escuridão, mesmo para o resto do mundo pareça triste e escura, para mim parece algo com uma beleza natural, o seu mistério fascina-me, o facto de não ver o que está mais longe leva-me a querer novas aventuras. Sim, gosto do dia, mas a noite, bem a noite deixa-me maravilhada. (...) O silêncio desta noite húmida e imensamente fria faz-me pensar, faz-me relembrar aqueles estranhos momentos que marcamos como os primeiros da nossa vida, vejo as fotos do meu primeiro dia, do meu primeiro aniversário, do meu primeiro passo, do meu primeiro dente, da minha primeira papa, da minha primeira sopa, do meu primeiro Natal, do meu primeiro Carnaval, das primeiras férias; relembro em pensamento o primeiro verdadeiro amigo, o primeiro dia na escola, o primeiro "namorado", o primeiro beijinho, a primeira saída à noite, entre outras coisas. Penso como é horrível como a maioria das primeiras coisas que fazemos/temos não são memorizadas, como com o crescimento nos esquecemos. (...) Porém apesar de tudo acho a vida explendida, é um conjunto de oportunidades quase inesgotável, é um enorme percurso de luta e persistência, é uma grandiosa corrida contra o tempo, é um tentar desastrosamente amar e ser amado, é uma imensidão de quereres e não quereres, a vida é exactamente tudo e ao mesmo tempo nada, a vida é a vida, algo sem nenhuma explicação, sem nenhum entendimento, porque ela é diferente para cada um, dependendo das nossas atitudes ou a falta delas.
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